Com um potencial de criar mais de 4 milhões de novas vagas de emprego direto e indireto no país em dez anos, o projeto da Nova Lei do Gás (PL 4476/2020) foi tema da videoconferência do senador Zequinha Marinho e a equipe técnica da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em tramitação no Senado Federal, a proposta deverá fomentar investimentos que podem chegar a R$ 150 bilhões em 2030. Aprovado na Câmara dos Deputados no começo deste mês de setembro, o projeto é um importante passo na direção da abertura do mercado de gás natural no Brasil.
Para o senador Zequinha Marinho, é fundamental que o Congresso Nacional aprove medidas importantes para que o país possa retomar o crescimento econômico, gerando mais empregos e renda aos cidadãos brasileiros. “Nosso dever é destravar a economia. Criar um ambiente propício para a atração de novos investimentos que tenham esse impacto positivo na geração de emprego e renda”, defendeu o senador.
Ao abrir o mercado do gás natural no país, a proposta pretende avançar em relação a competitividade da economia nacional. A tarifa cobrada pelo gás natural dos consumidores brasileiros é um dos maiores obstáculos para a consolidação desse mercado. De acordo com a CNI, no ano passado o preço do combustível para o setor industrial foi em média de US$ 14 por milhão de BTU (unidade térmica britânica), mais do que o triplo da média de US$ 4 praticada nos Estados Unidos e o dobro da tarifa praticada pelos países europeus.
“Estou confiante que a Nova Lei do Gás virá para ajudar o país, sobretudo neste momento de pós-pandemia, atraindo mais investimentos, criando empregos, reduzindo o preço do gás e melhorando a competitividade do produto aqui no país”, justificou Zequinha.
Utilizado como insumo pelas grandes indústrias siderúrgica, pelotização de minério de ferro, alumínio, química, cerâmica, vidro e papel, o gás natural – com a aprovação do projeto – poderá ter triplicada sua demanda em uma década em um cenário de queda dos preços de gás pela metade. Diante desse cenário, a projeção da CNI é que os investimentos no país poderiam chegar a R$ 150 bilhões em 2030.
Com preços mais vantajosos, é possível que o gás natural seja uma alternativa viável para substituir a utilização do carvão. Como o gás é um combustível fóssil de menor emissão de gases poluentes, essa substituição também tem um importante papel para a redução da emissão de gases do efeito estufa, com impacto positivo para o meio ambiente.