Maior produtor de cacau do Brasil, o Pará tem demandado grandes investimentos em tecnologia e inovação para ampliar sua produção e ajudar o país a se tornar autossuficiente. Na manhã desta quinta-feira, 13 de maio de 2021, o senador Zequinha Marinho participou de videoconferência com a diretora-executiva da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Anna Paula Losi, para buscar uma solução que fortaleça a produção paraense, garantindo o aumento de crédito ao produtor e ações de assistência técnica.
“A cadeia do cacau se tornou muito importante para o meu estado do Pará. Tenho tratado com o governo federal e irei reunir com a ministra Teresa Cristina para que as ações desenvolvidas pela Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) sejam fortalecidas e continuem dando apoio ao produtor rural”, comentou o senador.
Apontando a necessidade de ampliar as ações de pesquisa e extensão, o senador comentou que enquanto um pé de cacau comum no Pará chega a produzir entre 800g a 1,2kg de amêndoas, o cacau enxertado apresenta uma produção média de 3,5kg. “Precisamos desenvolver essa tecnologia, ampliando a produção. Além de apresentar importantes soluções econômicas e sociais para o nosso campo, o cacau é uma solução para o meio ambiente. Através do método agroflorestal, temos um exemplo prático de como a produção pode ajudar na preservação da floresta”, explicou o senador Zequinha.
Até o final deste mês, a AIPC lançará o projeto Cacau 2030 com ações para fomentar o crédito, reforçar a assistência técnica ao produtor e fortalecer as cooperativas de produtores rurais. “Estamos estabelecendo as diretrizes para garantir uma assistência técnica moderna e que possa apoiar o produtor a pegar crédito”, explicou a diretora-executiva da AIPC. Anna Paula explica que dificuldades do próprio produtor e desconhecimento da cultura do cacau por parte das agências bancárias criam gargalos para o acesso ao crédito.
O setor das indústrias processadoras de cacau representa mais de 4 mil empregos diretos e indiretos e é um dos eles de uma cadeia de mais de 120 mil pessoas, incluindo produtores rurais e indústrias de chocolate. A estimativa é que essas indústrias gerem mais de R$ 23 bilhões de receita anual ao país.